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SHOAH

Existem inúmeros documentários sobre o extermínio dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. E existe Shoah, dirigido pelo francês Claude Lanzmann e que levou dez anos para ser concluído. O filme é inteiramente feito de depoimentos de sobreviventes de Chelmno, dos campos de Auschwitz, Treblinka e Sobibor e do Gueto de Varsóvia. Além de entrevistas com ex-oficiais nazistas e maquinistas que conduziam os trens da morte. Shoah significa “desastre”, em hebraico. E a câmara de Lanzmann recupera com profundidade a força desta palavra. E o faz de uma maneira fora do convencional, ao misturar imagens singelas e bucólicas da natureza com a dureza dos depoimentos. Não se trata aqui de uma tentativa de dramatização dos eventos sofridos pelos depoentes. O diretor não procura um resultado catártico. Muito pelo contrário. O que ele procura é a reflexão sobre como foi possível ter acontecido aquele “desastre”. É visível, em muitos dos depoimentos, a dificuldade de lembrar e relatar dos sobreviventes. O filme tem duração de nove horas e meia e vem dividido em cinco discos: quatro trazem o documentário e um contém material adicional. Shoah é um filme obrigatório em todos os aspectos: como obra cinematográfica e pela importância de seu valor histórico.
SHOAH (Shoah – França 2005). Direção: Claude Lanzmann. Documentário. Duração: 543 minutos. Distribuição: Bretz Filmes.

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