Inúmeras adaptações de Sherlock Holmes, o detetive mais famoso do mundo, criação imortal do escocês Arthur Conan Doyle, já foram feitas para teatro, TV, cinema, quadrinhos e videogames. Muitas delas fiéis ao material original, outras fazendo alguns ajustes por questões relacionadas à época em que as histórias se passam, e há também aquelas que procuram “desconstruir” a personagem. Esse é o caso de Sherlock e Eu, comédia dirigida em 1988 por Thom Eberhardt que, a partir de roteiro bastante criativo escrito por Gary Murphy e Larry Strawther, nos propõe uma interessante inversão. E se o verdadeiro detetive fosse o doutor Watson (Ben Kingsley) e não Holmes (Michael Caine), que na verdade é um ator contratado para “dar vida” à figura criada pelo médico para ilustrar suas incríveis aventuras publicadas na Strand Magazine? A premissa é fabulosa e funciona que é uma maravilha graças ao talento da dupla principal de atores. No mais, o melhor mesmo é relaxar e curtir essa divertida aventura do ilustre morador da Rua Baker, 221-B. Em tempo: Nos créditos finais há um pedido de desculpas a Arthur Conan Boyle pelas muitas liberdades criativas tomadas no filme.
SHERLOCK E EU (Without a Clue – Inglaterra 1988). Direção: Thom Eberhardt. Elenco: Michael Caine, Ben Kingsley, Paul Freeman, Jeffrey Jones, Lysette Anthony, Nigel Davenport, Pat Keen e Peter Cook. Duração: 107 minutos. Distribuição: Versátil.