Natural da Bukovina, que pertencia ao antigo império Austro-Húngaro, Otto Preminger começou carreira como ator e depois passou a se dedicar à direção. Com a ascensão do nazismo, ele que era de família judia, acabou migrando para os Estados Unidos, em 1935. Lá se notabilizou pela filmografia eclética e, ironicamente, pelo papel de oficial nazista em alguns filmes de guerra. Apesar de ser mais lembrado pelo drama de tribunal Anatomia de Um Crime, que ele dirigiu em 1959, três anos antes ele realizou uma espécie de aquecimento com este Seu Último Comando. O roteiro, de Milton Sperling e Emmet Lavery, nos apresenta o Coronel Billy Mitchell (Gary Cooper), do Serviço Aéreo do Exército. Ele é acusado como responsável pela morte de vários soldados de seu antigo esquadrão. Levado à Corte Marcial para ser julgado, Mitchell acusa a Marinha e o Exército como verdadeiros responsáveis, uma vez que utilizam aeronaves em condições precárias. Em sua defesa, ele conta com o advogado Frank Reid (Ralph Bellamy), que procura reunir provas para validar a afirmação de seu cliente. Seu Último Comando é um Preminger típico: história forte, personagens bem construídos e excelentes atores em cena. Precisa mais?
SEU ÚLTIMO COMANDO (The Court-Martial of Billy Mitchell – EUA 1956). Direção: Otto Preminger. Elenco: Gary Cooper, Charles Bickford, Ralph Bellamy, Rod Steiger, Elizabeth Montgomery, Peter Graves e Darren McGavin. Duração: 100 minutos. Distribuição: Warner.