Dois anos antes de Spielberg dirigir Encurralado e mostrar um caminhão que estava no encalço de um carro iniciou uma série de filmes com veículos assassinos, a Disney lançou o divertido Se Meu Fusca Falasse. Aqui não há desejo de matar, pelo contrário, temos um amigável fusquinha que esbanja carisma. O filme, dirigido por Robert Stevenson, teve o roteiro escrito por Bill Walsh e Don DaGradi, adaptado do romance Car, Boy, Girl, de Gordon Buford. Somos apresentados a Herbie, um Volkswagen que após ser defendido pelo piloto de corridas Jim Douglas (Dean Jones) em uma loja de carros de luxo, torna-se seu fiel companheiro. Herbie tem personalidade e gosta de correr, o que favorece sobremaneira o trabalho de Jim, que há muito não ganhava uma corrida. Mas como nem tudo são flores, um rival entra em cena, Thorndyke (David Tomlinson), dono da referida loja e também piloto. Por mais absurdas que sejam as situações enfrentadas pelo genioso fusquinha, não há como negar seu charme irresistível. Apesar dos humanos em cena, é Herbie quem rouba tudo. E não poderia ser diferente. O enorme sucesso do filme gerou três continuações, As Novas Aventuras do Fusca (1974); Herbie: Um Fusca em Monte Carlo (1977); e As Novas Diabruras do Fusca (1980); uma série de TV, Herbie: The Love Bug (1982) com apenas cinco episódios; além de uma refilmagem, Herbie: Meu Fusca Turbinado (2005). Em tempo: esse foi o último filme produzido pelo estúdio aprovado por seu fundador, Walt Disney, falecido em dezembro de 1966.
SE MEU FUSCA FALASSE (The Love Bug – EUA 1969). Direção: Robert Stevenson. Elenco: Dean Jones, Michelle Lee, David Tomlinson, Buddy Hackett, Joe Flynn, Benson Fong, Joe E. Ross e Barry Kelley. Duração: 108 minutos. Distribuição: Disney+.