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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

RESTREPO

Boa parte das guerras do século XX foram documentadas por jornalistas ou cineastas. A Primeira e a Segunda Guerra Mundial são consideradas “ideológicas”, se é que isso é possível, já que elas tinham os dois lados do conflito bem definidos. Com o passar do tempo, as guerras foram se tornando cada vez mais uma questão comercial e tecnológica. Principalmente, a partir da última década do século passado. O cinema e a cobertura dos conflitos bélicos também mudou muito nesse período. Restrepo, documentário dirigido pelo americano Sebastian Junger e pelo inglês Tim Hetherington, acompanha um ano na vida de um pelotão de soldados dos Estados Unidos no Vale Korengal, no Afeganistão. O objetivo dos diretores parte de uma experiência documental das mais intensas. Durante todo o período de captação de imagens as câmaras não abandonam a região do vale, um dos postos militares mais perigosos. Além disso, elas fogem do padrão que costuma ser utilizado em documentários desse tipo. Aqui, não há entrevistas com autoridades. Junger e Hetherington querem nos passar a sensação de estar dentro de um campo de batalha. Outro acerto da dupla diz respeito ao que é mostrado. O filme não é tendencioso. Ele não toma partido. Essa decisão é jogada para nós, espectadores. Restrepo foi indicado a diversos prêmios e ganhou destaque na mídia mundial por conta de uma tragédia envolvendo um dos diretores, Tim Hetherington, que foi morto na Líbia, em abril de 2011, quando estava fazendo a cobertura do conflito na cidade de Misurata. 
RESTREPO (Restrepo – EUA 2010). Direção: Sebastian Junger e Tim Hetherington. Documentário. Duração: 93 minutos. Distribuição: Europa Filmes.

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