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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

PONTE AÉREA

Clint Eastwood disse certa vez que para cada filme comercial que ele realizou, ele pode dirigir um trabalho mais autoral. Guardadas as devidas proporções, a mesma lógica se aplica à carreira da diretora e roteirista carioca Julia Rezende. Diretora do sucesso Meu Passado Me Condena, ela nos mostra neste Ponte Aérea uma faceta mais pessoal. O roteiro, que ela escreveu junto com L. G. Bayão, tem por base o livro Amor Líquido, de autoria do sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Trata-se de uma comédia romântica que lembra um pouco a trama do filme argentino Medianeras, de Gustavo Taretto, e a trilogia Antes de…, dirigida por Richard Linklater. Bruno (Caio Blat) e Amanda (Letícia Colin) são muito diferentes. Ela é uma bem-sucedida e estressada publicitária que mora em São Paulo. Ele é um talentoso e relaxado artista plástico que mora no Rio. Em resumo: Amanda é digital e Bruno é analógico. Os dois se conhecem em um voo que, por conta de uma tempestade, faz um pouso de emergência em Belo Horizonte. A atração é instantânea e, a partir daí, o filme discute uma série de questões bem pertinentes da vida moderna e seus relacionamentos. A diretora demonstra sensibilidade na condução de sua narrativa e nos oferece, no final, um romance simpático e bem amarrado.

PONTE AÉREA (Brasil 2014). Direção: Julia Rezende. Elenco: Caio Blat, Letícia Colin, Emílio de Mello, Felipe Camargo, Sílvio Guindane e Cristina Flores. Duração: 108 minutos. Distribuição: Paris Filmes.

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