O cineasta americano Howard Hawks sempre se auto definiu como um contador de histórias. E como sua matéria-prima eram as imagens em movimento, a ação tinha que ir pra frente. O crítico Inácio Araújo, um dos maiores especialistas na obra de Hawks, costuma dizer que ele é o diretor que melhor trabalhou a dimensão humana de suas personagens. Ele, que começou carreira no finalzinho do cinema mudo, era culto e versátil, tendo dirigido filmes dos mais diferentes gêneros, todos eles excepcionais. Paraíso Infernal, de 1939, começa como uma leve comédia de romance e ação, para depois se transformar em um pesado drama. O roteiro escrito por Jules Furthman nos apresenta Geoff Carter (Cary Grant), um piloto que é responsável por uma companhia aérea que opera nas montanhas andinas. Duas lindas mulheres, Bonnie (Jean Arthur) e Judy (Rita Hayworth), “brigam” por ele. A habilidade de Hawks se comprova na mudança de tom do filme. E o talento do diretor brilha em todos os momentos conduzindo um elenco extremamente afinado por uma história das mais envolventes.
PARAÍSO INFERNAL (Only Angels Have Wings – EUA 1939). Direção: Howard Hawks. Elenco: Cary Grant, Jean Arthur, Richard Barthelmess, Rita Hayworth, Thomas Mitchell, Sig Rumann, John Carroll Lynch, Allyn Joslyn e Noah Beery Jr. Duração: 121 minutos. Distribuição: Sony.
Uma resposta
Howard Hawks jah eh, sozinho, um filme em movimento!