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PÂNICO NAS RUAS

Elia Kazan é um dos maiores cineastas de todos os tempos. Não há o que discutir aqui. Sua extensa, criativa, ousada e complexa filmografia comprovam esta afirmação. Pânico nas Ruas, que ele dirigiu em 1950, é apenas mais uma prova de sua excelência como diretor. O roteiro de Richard Murphy, adaptado por Daniel Fuchs, a partir de uma história de Edna e Edward Anhalt, começa de maneira bem simples, porém, extremamente bem construído. Tudo se passa em Nova Orleans em um curto período de tempo. O Dr. Clint Reed (Richard Widmark), do Serviço Federal de Saúde, precisa controlar uma epidemia antes que ela se alastre pela cidade. Para isso, conta com a ajuda do Capitão Tom Warren (Paul Douglas) para capturar um criminoso, Blackie (Jack Palance), que pode estar contaminado. O curioso de tudo é que Blackie, acreditando está sendo perseguido, não faz a mínima ideia que o motivo da caçada é protegê-lo e, consequentemente, evitar que o vírus se propague. Percebe-se pelo resumo da trama que se trata de um tema ainda bastante atual. Kazan, um artista inquieto por natureza, sabia trabalhar muito bem a construção de personagens. Pânico nas Ruas deixa isso bastante evidente em todos os aspectos. Trata-se de um filme noir atípico e, por isso mesmo, revolucionário.

PÂNICO NAS RUAS (Panic in the Streets – EUA 1950). Direção: Elia Kazan. Elenco: Richard Widmark, Jack Palance, Paul Douglas, Barbara Bel Geddes e Zero Mostel. Duração: 96 minutos. Distribuição: Versátil.

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