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PAJEÚ

O cineasta cearense Pedro Diógenes fez parte da primeira turma da Escola de Audiovisual de Fortaleza, onde se formou em 2008. Desde então, já realizou dez curtas e sete longas. O mais recente deles é o docudrama Pajeú, de 2020, que ganhou o prêmio de melhor filme brasileiro no Festival Olhar de Cinema daquele ano. O roteiro, do próprio Diógenes, mistura documentário com ficção ao contar a história de Maristela (Fátima Muniz), que todas as noites é atormentada por um pesadelo onde vê uma criatura surgindo das águas do riacho que dá nome ao filme. Aquele sonho recorrente faz com que ela inicie uma pesquisa sobre o Pajeú e termine descobrindo sobre sua história e seu desaparecimento. Paralelo a essa descoberta, Maristela percebe que sonho e realidade se misturam e da mesma forma que o riacho, pessoas próximas a ela começam a desaparecer. O filme, a exemplo de outros trabalhos anteriores de Pedro Diógenes, é uma obra de execução coletiva. Sei que qualquer filme é uma obra coletiva em sua feitura, mas no caso de Pajeú, esse “coletivo” é mais abrangente ainda e se estende ao processo criativo também. Há momentos tensos aqui, potencializados pelo ótimo desenho de som. Além do drama vivido por Maristela, temos os depoimentos de pessoas comuns e alguns especialistas de Fortaleza, cidade que nasceu a partir do riacho e o viu sumir enquanto crescia.

PAJEÚ (Brasil 2020). Direção: Pedro Diógenes. Elenco: Fátima Muniz e Yuri Yamamoto. Duração: 73 minutos. Distribuição: Embaúba Filmes.

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