Também conhecido como Orfeu do Carnaval, o filme Orfeu Negro, do cineasta francês Marcel Camus, se baseia na peça de teatro Orfeu da Conceição, escrita por Vinícius de Moraes, que por sua vez, se inspirou no trágico mito grego de Orfeu e Eurídice. O roteiro foi adaptado pelo próprio Camus, junto com Jacques Viot, e conta a história de amor de Orfeu (Breno Mello), um músico e condutor de bonde, e sua paixão pela jovem Eurídice (Marpessa Dawn). Tudo acontece durante o carnaval, no Rio de Janeiro, tendo como trilha sonora músicas compostas por Tom Jobim e Luiz Bonfá. Lançado em 1959, Orfeu Negro dividiu opiniões. Seus defensores viram nele espontaneidade, poesia e beleza. Seus detratores alegaram se tratar de um produto maquiado e exótico feito para exportação. Essa discussão perdeu muito da razão hoje. O filme ganhou três importantes prêmios: a Palma de Ouro no Festival de Cannes, o Globo de Ouro e o Oscar de melhor produção estrangeira. Em 1999, o cineasta brasileiro Cacá Diegues refilmou essa obra com o título de Orfeu e gerou, na época, a mesma polêmica do filme original.
ORFEU NEGRO (Brasil/França/Itália 1959). Direção: Marcel Camus. Elenco: Breno Mello, Marpessa Dawn, Léa Garcia, Lourdes de Oliveira, Jorge dos Santos e Marcel Camus. Duração: 103 minutos. Distribuição: Versátil.
Uma resposta
Independente das polêmicas, vale a pena conferir esta versão de Orfeu. Em seguida, sugiro emendar com a brasileira de Cacá Diegues.