Houve um tempo em que falar em Kung Fu era sinônimo de Bruce Lee. Ele viveu pouco tempo. Apenas 32 anos. Mas, teve uma vida intensa. Foi instrutor de artes marciais, roteirista, ator, diretor e produtor. Fez só cinco filmes. O último deles, nem chegou a concluir. Seu quarto e mais importante trabalho, Operação Dragão, de 1973, estreou três semanas após sua morte. Co-produzido pela poderosa Warner Bros., foi o primeiro filme de Kung Fu financiado por um grande estúdio de Hollywood. Neste filme dirigido por Robert Clouse, Lee é uma espécie de agente secreto. O roteiro de Michael Allin coloca nosso herói em uma ilha particular onde, infiltrado, ele quer vingar-se do assassino de sua irmã e ajudar o governo americano a desbaratar uma quadrilha que explora a prostituição e o tráfico de drogas. Operação Dragão não é uma obra-prima cinematográfica. Mas isso não importa de forma alguma. O filme simplesmente cumpre o que promete: muita luta e Bruce Lee em plena forma. Na época de seu lançamento, muitos criticaram a estrutura “ocidental” demais que foi dada à trama. O que realmente procede. No entanto, o que fica no final é mais um típico “sessão da tarde”. E dos bons.