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O SOLAR DAS ALMAS PERDIDAS

Nas décadas de 1930 e 1940, Hollywood produzia filmes de terror que trabalhavam mais a sugestão do que o explícito. O medo vinha daquilo que o espectador não via, mas, sabia, ou melhor, sentia que estava ali, escondido. Os produtores e diretores deste período preferiam conjugar o verbo “sugerir”, ao invés de “mostrar”. O Solar das Almas Perdidas, belo título brasileiro para “o não convidado”, que seria a tradução correta para The Uninvited, faz parte deste time. Longa de estreia de Lewis Allen, diretor inglês radicado nos Estados Unidos, o filme é um dos primeiros a mostrar uma casa assombrada. O roteiro, escrito por Dodle Smith e Frank Partos, se baseia no romance de Dorothy Macardle. A história gira em torno dos irmãos Roderick (Ray Milland) e Pamela (Ruth Hussey), que compram uma mansão abandonada por um preço irrisório. O que parecia ser um excelente negócio, revela-se depois um enorme pesadelo. A casa é assombrada por espíritos. Allen definiu com este filme muitos dos elementos que passaram a ser utilizados por todas as produções do gênero nas décadas seguintes. O Solar das Almas Perdidas é sério, sem ser didático e assusta sem precisar recorrer a truques baratos. Uma verdadeira lição de como fazer um bom filme de terror.
O SOLAR DAS ALMAS PERDIDAS (The Uninvited – EUA 1944). Direção: Lewis Allen. Elenco: Ray Milland, Ruth Hussey, Donald Crisp, Cornelia Otis Skinner, Dorothy Stickney, Barbara Everest, Alan Napier e Gail Russell. Duração: 99 minutos. Distribuição: Versátil.

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