A taça Jules Rimet foi conquistada definitivamente pela Seleção Brasileira de Futebol na Copa de Mundo de 1970, no México, quando o Brasil sagrou-se o primeiro time a vencer três campeonatos mundiais. Um orgulho nacional. Tudo isso potencializou sobremaneira a “tragédia” ocorrida em dezembro de 1983. O filme O Roubo da Taça, dirigido por Caito Ortiz, trata desse sumiço. O roteiro, escrito pelo próprio diretor, junto com Lusa Silvestre, se inspira nos fatos para compor sua trama. A opção poderia ter sido simplesmente um policial com um pouco de suspense. No entanto, Ortiz optou pela comédia e acertou em cheio. Peralta (Paulo Tiefenthaler) é representante de um time de futebol e por conta disso, tem acesso ao prédio da CBF, onde a taça está guardada. Com a ajuda de Borracha (Danilo Grangheia), o roubo é realizado. A intenção é vendê-la e ficar rico com o lucro da venda. O Roubo da Taça conta com um elenco bem afinado, que aliado ao ritmo ágil da narrativa, diverte pelo inusitado das figuras envolvidas. O tom farsesco não poderia ser mais apropriado.
O ROUBO DA TAÇA (Brasil 2016). Direção: Caito Ortiz. Elenco: Taís Araújo, Paulo Tiefenthaler, Milhem Cortaz, Danilo Grangheia, Leandro Firmino, Fabio Marcoff, Mr. Catra e Stepan Nercessian. Duração: 90 minutos. Distribuição: Paris Filmes.
