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O ROSTO

Ao longo de quase 60 anos de carreira, o cineasta sueco Ingmar Bergman dirigiu pouco mais de 60 obras. Grande mestre de sua arte, ele, como todo artista, teve seu altos e baixos. Porém, é bom frisar, os “baixos” de Bergman estão bem acima dos “altos” de outros diretores menos talentosos. O Rosto, escrito e dirigido por ele em 1958, foi considerado durante muito tempo um filme menor. Como se isso fosse possível em se tratando de uma filmografia tão rica como a dele. A história se passa na Suécia, em meados do século XIX. O mágico Albert Emanuel Vogler (Max von Sydow) chega com sua companhia a um vilarejo onde fará uma apresentação de seu espetáculo. Com forte conteúdo sobrenatural, ele desperta a desconfiança do público. Será que aquilo é verdade ou apenas uma fraude? Bergman, mais uma vez, brinca com as aparências. Nem tudo é o que parece ser. Acompanhamos Vogler, sempre em silêncio, coincidentemente, com o mesmo sobrenome e postura da personagem Elisabet, vivida por Liv Ullmann, em Persona. Ele é observado e provocado, continuamente, pelo Dr. Vergerus (Gunnar Björnstrand), pelo chefe de polícia Starbeck (Toivo Pawlo) e pelo Consul Egerman (Erland Josephson). Em O Rosto, somos cúmplices também. Bergman não nos deixa de fora. E isso faz toda a diferença.
O ROSTO (Ansiktet – Suécia 1958). Direção: Ingmar Bergman. Elenco: Max von Sydow, Ingrid Thulin, Bibi Andersen, Erland Josephson, Gunnar Björnstrand, Naima Wifstrand, Bengt Ekerot, Toivo Pawlo e Gertrud Fridh. Duração: 105 minutos. Distribuição: Versátil.

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