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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

O REVERSO DA FORTUNA

“O que você daria a uma esposa que tem tudo?”. Pergunta Claus von Bülow, vivido na medida certa pelo ator Jeremy Irons, aos seus advogados. Ninguém sabe responder. Ele então responde: “uma injeção de insulina”. Cria-se um certo mal estar no ambiente. “E como se define o medo de insulina?”, pergunta von Bülow na seqüência. Mais uma vez, ninguém responde. Com fina ironia e muito sarcasmo, e de quebra fazendo um trocadilho com o próprio nome, vem a resposta: “claustrofobia”. O Reverso da Fortuna se inspira no caso von Bülow, que ganhou as manchetes dos principais jornais americanos nos anos 1980. Marido é acusado de matar Sunny (Glenn Close), sua esposa bilionária e diabética com uma dose excessiva de insulina. Entra em cena o famoso advogado Alan Dershowitz, papel de Ron Silver, contratado para defender o réu. Dershowitz publicou um livro sobre o caso e foi a partir dele que Nicholas Kazan escreveu o roteiro. Na direção, o iraniano Barbet Schroeder, que realizou alguns filmes na Europa e nos Estados Unidos ao longo dos anos 1980 e 1990. Seu estilo seco e direto se adequou bem ao conteúdo da história, carregada de um humor nigérrimo. E claro, com Jeremy Irons em estado de graça, era muito difícil alguma coisa dá errado. Falando nisso, Irons ganhou o Oscar de melhor ator por este papel.

O REVERSO DA FORTUNA (Reversal of Fortune – EUA 1990). Direção: Barbet Schroeder. Elenco: Jeremy Irons, Glenn Close, Ron Silver, Annabella Sciorra, Uta Hagen, Fisher Stevens e Christine Baranski. Duração: 111 minutos. Distribuição: PlayArte.

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