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O REI DA COMÉDIA

Pense em um cara “xarope”, “pescoço”, bem chato mesmo. Nesse quesito, acho que ninguém ganha de Robert Pupkin, personagem de Robert De Niro em O Rei da Comédia, filme dirigido em 1983 por Martin Scorsese. A partir do roteiro de Paul D. Zimmerman, o diretor nova-iorquino explora aqui um gênero raro em sua filmografia, a comédia. E, por se tratar de Scorsese, tinha que ser uma comédia de humor negro. Na trama, Pupkin é um aspirante a comediante que sequestra seu ídolo maior, a lenda vida Jerry Langford, que é vivido por ninguém menos que Jerry Lewis. O plano de Pupkin é conseguir uma chance para apresentar seu número de humor. O Rei da Comédia foi um dos maiores fracassos da carreira da dupla Scorsese/De Niro. Um filme que não encontrou seu público pelo simples fato de estar muito à frente de seu tempo. Aos olhos de hoje, a análise inteligente e ácida de uma sociedade fútil que enaltece e persegue a celebridade a qualquer custo é mais do que pertinente. Três curiosidades: na cena que mostra uma discussão na rua entre Pupkin e Masha (Sarah Bernhard), três membros da banda britânica The Clash fazem uma ponta. Assim como Scorsese, que aparece rapidamente como um diretor de TV. E De Niro se inspirou em Tony Clifton, uma das criações do comediante Andy Kaufman, para criar sua personagem.
O REI DA COMÉDIA (The King of Comedy – EUA 1983). Direção: Martin Scorsese. Elenco: Robert De Niro, Jerry Lewis, Sandra Bernhard, Diahnne Abbott, Shelley Hack, Lou Brown e Doc Lawless. Duração: 101 minutos. Distribuição: Fox.

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Uma resposta

  1. Por conta da invasão de comediantes stand-up no Brasil, nos últimos anos, com a busca pelo reconhecimento e o deslumbre de ser celebridade fazendo os outros rirem, este filme acabou de ficar atual de novo.
    E ainda assim, à frente de seu tempo.

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