O britânico Bernard Rose queria se tornar um cineasta desde criança, quando dirigiu alguns curtas com uma câmera super 8 e venceu um concurso na BBC. Mais tarde trabalhou com Jim Henson no The Muppet Show e profissionalmente iniciou a carreira dirigindo vídeos musicais para a MTV. Sua estreia no cinema ocorreu em 1986 e este O Mistério de Candyman, de 1992, é seu quinto longa. O roteiro, do próprio diretor, se inspira no conto The Forbidden, escrito por Clive Barker. Tudo começa quando Helen Lyle (Virginia Madsen) a fim de provar que o espírito de Candyman (Tony Todd) não existe, decide escrever uma tese sobre ele. Para tanto, Helen vai até o local na região de Cabrini Green, onde ocorreu uma morte bárbara e chama cinco vezes o nome de “Candyman”, que reaparece e inicia uma série de assassinatos. Helen, na verdade, é fascinada pelas histórias dessa entidade e tudo acaba tomando rumos inesperados. Rose conduz sua narrativa com segurança e conta com ótimos efeitos práticos, já que na época a tecnologia digital era ainda muito limitada e cara. Inclusive as abelhas que aparecem são todas reais e foram criadas e condicionadas por apicultores especialmente para o filme. O sucesso de O Mistério de Candyman gerou duas continuações, Candyman 2: Vingança, de 1995; e Candyman 3: Dia dos Mortos, de 1999; ambos bem inferiores ao original. Em 2021, Jordan Peele produziu um novo filme, A Lenda de Candyman, mais isso é outra história.
O MISTÉRIO DE CANDYMAN (Candyman – EUA 1992). Direção: Bernard Rose. Elenco: Virginia Madsen, Xander Berkeley, Tony Todd, Kasi Lemmons, Vanessa Williams, DeJuan Guy, Marianna Elliott, Ted Raimi e Ria Pavia. Duração: 99 minutos. Distribuição: Columbia.
