Como você recompensaria uma pessoa que além de ter criado a base do que viria a ser o computador e tivesse ainda quebrado um código que proporcionou o salvamento de milhões de vidas durante a Segunda Guerra Mundial? Creio que com todas as honrarias possíveis, certo? Não foi bem isso que aconteceu com Alan Turing, matemático inglês que desenvolveu uma máquina capaz de decifrar as mensagens do Enigma, famoso sistema codificador alemão para o envio de mensagens. Essa história é contada no filme O Jogo da Imitação, do cineasta norueguês Morten Tyldum. O roteiro de Graham Moore, premiado com o Oscar de roteiro adaptado, se inspira no livro de Andrew Hodges e resgata a trajetória deste grande homem. Turing, vivido pelo ator Benedict Cumberbatch, era uma pessoa de difícil relacionamento. Extremamente lógico e dedicado ao trabalho, não tinha tempo para cultivar amizades. Homossexual, em uma época não muito distante, onde essa orientação sexual era proibida por lei no Reino Unido, o cientista sofreu uma forte punição pelo crime que teria cometido. Em O Jogo da Imitação acompanhamos boa parte da vida de Turing. O filme tem graves problemas em sua estrutura narrativa, porém, não há como negar sua importância histórica por trazer para o grande público o nome de uma figura tão fundamental para a humanidade no século XX.
O JOGO DA IMITAÇÃO (The Imitation Game – Inglaterra/EUA 2014). Direção: Morten Tyldum. Elenco: Benedict Cumberbatch, Keira Knightley, Matthew Goode, Rory Kinnear, Allen Leech, Matthew Beard, Mark Strong e Charles Dance. Duração: 114 minutos. Distribuição: Paris Filmes/Netflix.
Respostas de 2
Até onde eu lembro, o nome e a logomarca da Apple são, na verdade, uma homenagem ao Alan Turing.
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