O americano Preston Sturges iniciou sua carreira em Hollywood como roteirista em 1930. Dez anos depois ele escreveu e dirigiu seu primeiro longa, O Homem Que Se Vendeu, vencedor naquele ano do Oscar de melhor roteiro original. Este foi o primeiro filme americano a ter nos créditos “escrito e dirigido por”. Tudo começa quando Dan McGinty (Brian Donlevy) vai trabalhar com “o chefe” (Akim Tamiroff), um político corrupto. Rapidamente ele se torna vereador dentro desse esquema sujo e é estimulado a se casar com sua secretária, Catherine (Muriel Angelus) e se candidatar a prefeito. As coisas tomam um rumo diferente quando ele se descobre apaixonado pela esposa, uma mulher ingênua e honesta que tenta fazer dele um homem correto. O que compromete os planos do chefe. O Homem Que Se Vendeu antecipa o caráter humanista que Sturges imprimiria em seus filmes futuros. E a obra resistiu muito bem ao teste do tempo, mantendo intacta sua atualidade. Uma curiosidade: Sturges queria estrear como diretor e após escrever o roteiro alardeou que o venderia por dez dólares e a direção fosse dele. A Paramount comprou e desembolsou o mais baixo valor já pago por um roteiro vencedor do Oscar em toda a história do prêmio.
O HOMEM QUE SE VENDEU (The Great McGinty – EUA 1940). Direção: Preston Sturges. Elenco: Brian Donlevy, Muriel Angelus, Akim Tamiroff, Allyn Joslyn, William Demarest, e Louis Jean Heydt. Duração: 82 minutos. Distribuição: Paramount.