O cineasta Anatole Litvak nasceu na Ucrânia, filho de pais judeus. Ele iniciou sua carreira como ator de teatro, em 1915. Dois anos depois, com o advento da revolução russa, migrou para o cinema e começou a dirigir curtas. Em 1925 se mudou para a Alemanha, onde trabalhou como montador, dirigiu outros curtas e um longa. Ficou lá por dez anos, até a ascensão do nazismo, e foi então para a França. Em Paris ele dirigiu Mayerling, filme que o projetou mundialmente e resultou em um convite para trabalhar em Hollywood, onde ficou por 30 anos. Na Cova da Serpente, de 1948, é um dos 22 longas que dirigiu nos Estados Unidos. O roteiro de Frank Partos e Millen Brand é baseado no livro de Mary Jane Ward, que relata a própria experiência da autora. Seu alterego no filme é Virginia (Olivia de Havilland). Casada com Robert (Mark Stevens), ela começa a demonstrar sinais de instabilidade emocional e é internada em um hospital psiquiátrico. Na Cova da Serpente destaca o despreparo dos médicos, sem esquecer as péssimas condições do local onde o tratamento é conduzido e pega pesado, e com razão, nas críticas que faz. Indicado em seis categorias do Oscar, incluindo a de melhor filme, direção, roteiro e atriz (Olivia de Havilland tem um desempenho irretocável), a obra ganhou apenas como melhor som.
NA COVA DA SERPENTE (The Snake Pit – EUA 1948). Direção: Anatole Litvak. Elenco: Olivia de Havilland, Mark Stevens, Leo Genn, Celeste Holm, Glenn Langan, Leif Erickson e Lee Patrick. Duração: 108 minutos. Distribuição: Fox.