O romance O Homem Que Ri, escrito pelo francês Victor Hugo já havia gerado uma adaptação para o cinema, dirigida em 1928 por Paul Leni. Adaptação esta que serviu de inspiração para Bob Kane criar o Coringa, principal inimigo de sua criação maior, o Batman. Esta nova versão, escrita e dirigida por Jean-Pierre Améris, é fiel à história original. O filme nos apresenta os orfãos Gwynplaine (Marc-André Grondin) e Déa (Christa Theret). O primeiro é um garoto que tem uma cicatriz no rosto que faz com que ele pareça estar sempre sorrindo. A segunda é uma menina cega. Eles são ajudados por Ursus (Gérard Depardieu). Os dois passam a se apresentar pelas cidades, onde o estranho sorriso de Gwynplaine chama a atenção de todos. Isso torna ele uma pessoa rica e famosa, o que provoca mudanças no relacionamento com Ursus e Déa. Diferente da versão de Leni, que explorava o caráter expressionista da história, esta nova adaptação é mais luminosa e sentimental. Mas, nem por isso, menos impactante. Em tempo: existe uma outra versão, menos conhecida, realizada na Itália, em 1966.
O HOMEM QUE RI (L’Homme Qui Rit – França 2012). Direção: Jean-Pierre Améris. Elenco: Gérard Depardieu, Emmanuelle Seigner, Marc-André Grondin, Christa Theret, Arben Bajraktaraj e Serge Merlin. Duração: 93 minutos. Distribuição: Europa Filmes.
Uma resposta
Uma adaptação de um Victor Hugo já é motivo suficiente para assistir.