Antony Mann dirigiu diversos filmes de faroeste ao longo da década de 1950. A maioria deles estrelados por James Stewart. Menos este O Homem do Oeste, o último western de sua carreira, que traz Gary Cooper no papel principal. O roteiro, escrito por Reginald Rose, tem por base o romance The Border Jumpers, de Will C. Brown. A história trata em sua essência de acerto de contas com o passado. No caso, o passado de Lonk Jones (Cooper), que reencontra seu antigo bando. Anthony Mann, ao lado de John Ford e Howard Hawks, compôs uma espécie de santíssima trindade do faroeste, o mais americano dos gêneros cinematográficos. O Homem do Oeste é uma obra singular. Ou melhor dizendo, trata-se de uma obra de transição dentro de um contexto histórico mais amplo. Ele se enquadra como filme revisionista e, ao mesmo tempo, como precursor do que viria a ser realizado com o gênero nas décadas seguintes. Sua influência é incontestável. Particularmente, pela abordagem pessimista e violenta com que retrata seu microcosmo. Um filme, portanto, que já nasceu clássico.
O HOMEM DO OESTE (Man of the West – EUA 1958). Direção: Anthony Mann. Elenco: Gary Cooper, Julie London, Lee J. Cobb, Arhur O’Connell e Jack Lord. Duração: 100 minutos. Distribuição: Flashstar/Focus.
Uma resposta
É o que o Marden escreveu: “Anthony Mann, John Ford e Howard Hawks formam a santíssima trindade do faroeste. Bang-bang!