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O HOMEM DO FUTURO

O carioca Cláudio Torres, filho da atriz Fernanda Montenegro e do ator Fernando Torres, é também um dos sócios da produtora Conspiração Filmes. Roteirista, produtor e diretor desde 1991, ele vem se dividindo em muitas frentes, tanto na televisão como no cinema. O Homem do Futuro, de 2011, é seu terceiro longa. O roteiro, escrito por ele próprio, é uma inventiva ficção-científica envolvendo um dos temas mais caros ao gênero: a viagem no tempo. A ação gira em torno de João, também conhecido como Zero, vivido por Wagner Moura. Ele é cientista, no entanto, apesar de genial, se sente extremamente infeliz por ter sido, 20 anos antes, humildado em uma festa, onde perdeu Helena (Alinne Moraes), sua grande paixão. Tudo pode mudar com uma experiência que faz com que ele volte ao passado para corrigir o rumo de sua vida. Porém, viagens no tempo sempre trazem consequências inesperadas. Torres já havia demonstrado habilidade na condução de seu filme anterior, o distópico Redentor, de 2004. Tecnicamente, não há reparos à produção, que apresenta bons efeitos especiais que não causariam vergonha a nenhuma obra “made in Hollywood”. Mas talvez esteja aí seu maior problema. O Homem do Futuro carece de uma identidade, digamos assim, mais brasileira. Com exceção de se passar no Brasil, ser falado em português, ter um elenco nacional e uma música da Legião Urbana na trilha, não há nada que o identifique, em sua essência, como “made in Brazil”.

O HOMEM DO FUTURO (Brasil 2011). Direção: Cláudio Torres. Elenco: Wagner Moura, Alinne Moraes, Fernando Ceylão, Maria Luísa Mendonça, Gabriel Braga Nunes, Malu Rodrigues, Gregório Duvivier, Jean Pierre Noher e Rogério Fróes. Duração: 106 minutos. Distribuição: Paramount.

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