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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

O FILHO DE SAUL

O cineasta húngaro Lászlo Nemes nasceu em Budapeste e se mudou no início da adolescência para Paris, onde viveu por 14 anos. Lá, se formou em Ciência Política e História, mas, não conseguiu estudar Cinema como queria. Voltou para sua cidade natal e se envolveu na produção de alguns curtas. Depois, foi estudar Direção Cinematográfica em Nova York e não ficou satisfeito com o curso, que abandonou após alguns meses. Outra vez em Budapeste procurou o cultuado cineasta Béla Tarr e se ofereceu para trabalhar como assistente. A partir daí, realizou três curtas e estreou na direção de longas com este O Filho de Saul, vencedor de diversos prêmios internacionais, entre eles o Oscar de melhor filme estrangeiro. Escrito por ele próprio junto com Clara Royer, temos aqui uma história inusitada e sufocante. Saul (Géza Röhrig) é judeu e está preso no campo de concentração de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial. Sua rotina se resume a limpar as câmaras de gás utilizadas para matar prisioneiros. Certo dia, ele reconhece entre os mortos o seu próprio filho e, a partir daí, inicia uma difícil jornada em busca de uma despedida digna. Não há concessões e Nemes tampouco se preocupa em explicar o que está acontecendo. Além disso, a câmera se move e enquadra as cenas a partir de um ponto de vista incômodo. Tudo isso faz de O Filho de Saul um filme difícil, fora do convencional e surpreendente.

O FILHO DE SAUL (Saul Fia – Hungria 2015). Direção: Lászlo Nemes. Elenco: Géza Röhrig, Levente Molnar, Urs Rechn, Todd Charmont, Gerko Farkas e Balazs Farkas. Duração: 107 minutos. Distribuição: Sony.

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