Pais drogados que abandonam seus bebês por conta do vício fazem parte, infelizmente, de uma triste estatística noticiada diariamente. Da mesma forma, nos sensibilizamos com pessoas que recolhem essas crianças abandonadas, lhes dão carinho e segurança ao adotá-las em suas famílias. Este é o drama de O Destino de Uma Vida. Dirigido por Stephen Gyllenhaal, o filme começa com Khaila (Halle Berry) deixando seu filho recém-nascido em uma caixa de papelão. Enquanto ela se droga, o bebê quase morre ao ser jogado dentro de um caminhão de lixo. Socorrido, ele é levado para um hospital, onde termina sendo adotado pela assistente social Margaret (Jessica Lange). Anos depois, livre do vício, a mãe biológica descobre o paradeiro de seu filho e decide lutar pela guarda da criança. Os argumentos de cada mãe são fortes e convincentes o bastante e abrem um sempre atual debate sobre a verdadeira maternidade: mãe é quem gera ou quem cria? O roteiro de Naomi Foster, que se baseia no romance de Seth Margolis, não entrega uma resposta pronta. Cabe a nós, espectadores, responder esta pergunta. Em tempo: o diretor é pai dos atores Jake e Maggie Gyllenhaal.
O DESTINO DE UMA VIDA (Losing Isaiah – EUA 1995). Direção: Stephen Gyllenhaal. Elenco: Jessica Lange, Halle Barry, David Strathairn, Cuba Gooding Jr., Daisy Eagan, Regina Taylor, Joie Lee, Marc John Jefferies e Samuel L. Jackson. Duração: 111 minutos. Distribuição: Paramount.
