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O BECO DAS ALMAS PERDIDAS

Foram mais de 100 trabalhos, entre roteiro e direção, do cineasta inglês radicado em Hollywood Edmund Goulding, ao longo de 42 anos de carreira. Eclético, ele passeou por diferentes gêneros e estilos, entre os quais, o film noir. E O Beco das Almas Perdidas, dirigido em 1947, é uma de suas obras mais conhecidas e um ótimo exemplo dessa variação do policial. O roteiro de Jules Furthman tem por base o romance escrito por William Lindsay Gresham e gira em torno do ambicioso Stanton “Stan” Carlisle (Tyrone Power). Ele trabalha como assistente da mentalista Zeena Krumbein (Joan Blondell) e percebe que o marido alcoólatra dela, Pete (Ian Keith), criou um código para o espetáculo que tinha com a esposa no passado que poderá, caso bem utilizado, render muito dinheiro. Tempos depois ele se transforma em uma grande atração de um luxuoso hotel com seus supostos poderes mentais. Mas a ambição desmedida, sempre traz surpresas inesperadas. Goulding nos conduz por uma narrativa elegante e precisa, tendo em Tyrone Power um ator que buscava mudar sua imagem de galã bonzinho. Por sinal, os direitos de adaptação do livro de Gresham foram comprados pela Fox a pedido do astro, interessado em novos desafios. O resultado não foi o que se esperava. Apesar das qualidades do filme, que são muitas, ele fracassou nas bilheterias. Os fãs de Power não gostaram de vê-lo nesse tipo de papel. Em tempo: essa mesma história foi refilmada, em 2021, pelo cineasta Guillermo del Toro e com Bradley Cooper no papel principal.

O BECO DAS ALMAS PERDIDAS (Nightmare Alley – EUA 1947). Direção: Edmund Goulding. Elenco: Tyrone Power, Joan Blondell, Coleen Gray, Helen Walker, Taylor Holmes, Mike Mazurki e Ian Keith. Duração: 110 minutos. Distribuição: Versátil.

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