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O ANO PASSADO EM MARIENBAD

O cinema do diretor francês Alain Resnais nunca foi fácil. Experimental até a medula, Resnais realizava obras de ficção poética. Apesar de contemporâneo da turma da Nouvelle Vague, ele, na verdade, iniciou sua carreira em meados dos anos 1940 e dirigiu diversos curtas e alguns documentários até o final da década seguinte, entre eles, o premiado Noite e Neblina, de 1955. O primeiro longa, Hiroshima Meu Amor, de 1959, deixou claro possuir um estilo narrativo único. Estilo este consolidado em seu segundo trabalho, O Ano Passado em Marienbad, feito dois anos depois. Resnais é um cineasta que gostava de abordar de maneira recorrente o tempo e a memória em seus filmes. Com um roteiro escrito por Alain Robbe-Grillet, o filme se passa em um luxuoso hotel na Europa, onde acompanhamos três personagens: dois homens e uma mulher. Um dos homens narra a história e é apaixonado pela mulher. Esta, por sua vez, está acompanhada por outro homem. O Ano Passado em Marienbad é aquele tipo de filme que não permite reações parciais. Você adora ou detesta. Resnais não deixa margem alguma de manobra. Na época de seu lançamento houve uma forte divisão por parte do público, da crítica e dos demais cineastas. No final, esta obra-prima do cinema mundial se revelou algo muito maior e “fez a cabeça” de muitos artistas. E uso o termo “artistas” porque sua influência não se limitou apenas ao cinema.

O ANO PASSADO EM MARIENBAD (L’Année Dernière à Marienbad – França 1961). Direção: Alain Resnais. Elenco: Delphine Seyrig, Giorgio Albertazzi, Sascha Pitoeff, Françoise Bertin e Pierre Barbaud. Duração: 94 minutos. Distribuição: Versátil.

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