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O AMOR SANGRA

A britânica Rose Glass iniciou sua carreira no audiovisual quando tinha 20 anos escrevendo e dirigindo o curta Moths, em 2010. A estreia em longas veio em 2019, com o terror psicológico Saint Maud. Cinco anos depois ela apresenta seu segundo longa, o visceral O Amor Sangra. Com roteiro escrito pela diretora junto com Weronika Tofilska, acompanhamos a jornada cheia de reviravoltas da tímida Lou (Kristen Stewart), gerente de uma academia, e seu envolvimento com Jackie (Kate O’Brian), ambiciosa e impulsiva fisiculturista que sonha participar de um concurso em Las Vegas. No entanto, questões relacionadas ao pai (Ed Harris) e ao cunhado (Dave Franco) de Lou levam a história por trilhas surpreendentes. Glass não tem pudor algum em mostrar o lado mais grotesco e sanguinário da violência. O verbo sangrar é bastante flexionado aqui. Tanto de maneira explícita como metafórica. O que justifica plenamente o título do filme. Seja no original ou na tradução brasileira. A ação se passa no final dos anos 1980 e a cineasta imprime uma narrativa bem característica da época. A começar pela fotografia de cores fortes e quentes, mesmo com muitas das cenas acontecendo à noite. Sem esquecer do ritmo da trama e suas boas e inesperadas reviravoltas, que me lembraram, por exemplo, Coração Selvagem, de David Lynch. Enfim, uma obra que não permite meio-termo algum: ou se gosta ou se detesta. Eu fico, obviamente, com a primeira opção.

O AMOR SANGRA (Love Lies Bleeding – EUA/Inglaterra 2024). Direção: Rose Glass. Elenco: Kristen Stewart, Katy O’Brian, Jena Malone, Anna Baryshnikov, Dave Franco e Ed Harris. Duração: 104 minutos. Distribuição: Synapse.

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