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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

NUNCA, RARAMENTE, ÀS VEZES, SEMPRE

Existem temas que são essencialmente espinhosos. Isso exige de seu realizador uma sensibilidade além da conta. A roteirista e diretora americana Eliza Hittman, que se divide entre cinema e televisão desde 2008, vem lidando em sua carreira com assuntos dessa natureza e atinge a maturidade em seu terceiro longa Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre, de 2020. Aqui somos apresentados a Autumn (Sidney Flanigan) e Skylar (Talia Ryder). Elas são jovens, na faixa dos 17 anos, primas, muito amigas, vivem na região rural da Pensilvânia e trabalham em um supermercado. Algo completamente inesperado acontece com Autumn e com o apoio de Skylar ambas viajam até Nova York para resolver a questão. Há muitos silêncios em Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre. E a cineasta trata tudo com tanta delicadeza e precisão que esses momentos se revelam ensurdecedores. E a estreante Sidney Flanigan é tão perfeita em cena que parece uma veterana. Hittman não levanta bandeira alguma. Não defende se o que Autumn faz é certo ou errado. Cada espectador, seguramente, tomará uma posição de acordo com sua visão de mundo. E a jovem retratada no filme tomou a decisão que achou mais acertada para sua vida. Sem espaço para julgamentos alheios.

NUNCA, RARAMENTE, ÀS VEZES, SEMPRE (Never Rarely Sometimes Always – EUA 2020). Direção: Eliza Hittman. Elenco: Sidney Flanigan, Talia Ryder, Théodore Pellerin, Eliazar Jimenez, Christian Clements, Sharon Van Etten e Aurora Richards. Duração: 101 minutos. Distribuição: Telecine Play.

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