Uma relação de dependência se estabelece de diversas maneiras. Algumas são danosas. Outras são necessárias. Umas poucas se sustentam de forma simbiótica. E existem aquelas que se revelam engraçadas. Este o caso do filme Nosso Querido Bob. O roteiro, escrito por Tom Schulman, tem por base uma história criada por Alvin Sargent e Laura Ziskin. Somos apresentados ao Dr. Martin (Richard Dreyfuss), que está em um momento especial de sua carreira. Prestes a lançar um novo livro e conceder uma importante entrevista para um programa transmitido para todo o país, ele pensa apenas em tirar merecidas férias. O problema é que seu paciente Bob (Bill Murray), não aceita ficar aquele tempo todo sem a atenção de seu analista. Por conta disso, quando o médico viaja com a família, Bob vai atrás dele. O diretor Frank Oz, que trabalhou muito tempo com o lendário Jim Henson na equipe dos Muppets, é um excelente diretor de comédias. O ritmo que ele imprime em Nosso Querido Bob é perfeito. Além disso, ter um ator carismático como Bill Murray no papel principal apenas torna esta comédia mais engraçada do que ela naturalmente já é. E no final, a lição que fica é que todos nós estamos sempre no limite da sanidade. Basta uma pequena fagulha para que cruzemos esta tênue fronteira.
NOSSO QUERIDO BOB (What About Bob? – EUA 1991). Direção: Frank Oz. Elenco: Bill Murray, Richard Dreyfuss, Julie Hagerty, Charlie Korsmo e Kathryn Erbe. Duração: 99 minutos. Distribuição: Buena Vista.
