Sexto longa-metragem do cineasta italiano Federico Fellini, Noites de Cabíria, de 1957, teve seu roteiro escrito pelo próprio diretor, junto com Ennio Flaiano, Tullio Pinelli e Pier Paolo Pasolini, a partir do romance de Maria Molinari. Apesar de realizado após o período Neorrealista, o filme tem muito da estética narrativa do movimento. Acompanhamos aqui o dia-a-dia da ingênua e bondosa Maria Ceccarelli, uma jovem mais conhecida como Cabíria, vivida de maneira soberba pela esposa e musa de Fellini, a atriz Guilietta Masina. Ela sonha encontrar seu grande amor, no entanto, a vida só lhe traz decepções. Mas isso não a desanima e ela mantém intacta sua esperança de que dias melhores virão. Fellini é o único cineasta italiano, e um dos poucos no mundo, cujo nome virou adjetivo. Ele, que começou carreira no cinema como roteirista, ganhou fama mundial com Noites de Cabíria. Principalmente por conta dos prêmios de melhor atriz, no Festival de Cannes, e o Oscar de melhor filme estrangeiro. Este filme virou peça teatral nos Estados Unidos, Charity, Meu Amor, adaptada por Neil Simon. Pouco tempo depois, a peça foi transformada em um musical hollywoodiano, dirigido por Bob Fosse e com Shirley MacLaine no papel principal.
NOITES DE CABÍRIA (Le Notti di Cabiria – Itália 1957). Direção: Federico Fellini. Elenco: Giulietta Masina, François Périer, Mario Passante, Franca Marzi, Ennio Girolami e Aldo Silvani. Duração: 117 minutos. Distribuição: Versátil/Universal.
Uma resposta
Sim, Fellini é um adjetivo no cinema… até mesmo suas personagens carregam características próprias de seu universo. Este filme, em especial, é dos meus favoritos. Não apenas dele, como diretor, mas do cinema como Arte. Extraordinário!