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MR. TURNER

O pintor inglês William Turner é considerado o precursor da pintura moderna. Nascido em Londres em 1775, sua carreira se consolidou na primeira metade do século 19. Famoso por seus quadros de paisagens, Turner se notabilizou e influenciou as gerações futuras de pintores por conta da maneira como trabalhava a luz em seus quadros. O diretor Mike Leigh, também autor do roteiro, se inspira na vida deste grande artista em Mr. Turner. Com Timothy Spall no papel título, o filme procura mergulhar na conturbada personalidade de seu retratado. Leigh tentou aqui realizar sua obra mais cara e ambiciosa. No entanto, os produtores terminaram por reduzir bastante o orçamento, o que provocou o corte de inúmeras cenas. Apesar disso, Mr. Turner se sustenta na vigorosa interpretação de Spall. Muitos até criticaram a maneira mais física do que sutil e sofisticada com que ele abraçou o papel. Mas os relatos históricos apontam que Turner não era mesmo uma pessoa fácil. Leigh é um cineasta que, ao mesmo tempo em que mantém um controle extremo com a forma, libera os atores para improvisarem em cena. Em dramas mais intimistas, funciona muito bem. Aqui, talvez até pela ambição do projeto, a coisa desanda um pouco em alguns momentos. Inédito nos cinemas brasileiros, Mr. Turner chega direto ao vídeo e merece uma segunda chance.

MR. TURNER (Mr. Turner – Inglaterra 2014). Direção: Mike Leigh. Elenco: Timothy Spall, Paul Jesson, Dorothy Atkinson, Marion Bailey, Karl Johnson, Ruth Sheen e Sandy Foster. Duração: 149 minutos. Distribuição: Sony.

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Uma resposta

  1. Gosto IMENSO deste filme. Mr. Turner é um Mike Leigh em plena forma… com um Timothy Spall inspiradíssimo. Ponto especial igualmente para a atriz Dorothy Atkinson, que faz – de maneira extraordinária – Hannah Danby, a empregada de Turner.

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