A saga de Itto Ogami e seu filho Daigoro, também conhecida como Lobo Solitário, é um dos mangás mais populares do Japão. Criado por Kazuo Koike e Goseki Kojima em 1970, foi rapidamente adaptada para o cinema em uma série de seis filmes: A Espada da Vingança (1972), O Andarilho do Rio Sanzu (1972), Contra os Ventos da Morte (1972), Coração de Pai, Coração de Filho (1972), Na Terra dos Demônios (1973) e Paraíso Branco no Inferno (1974). Dirigidos por Kenji Misumi, Buichi Saito e Yoshiyuki Kuroda, os filmes nos apresentam a história de Itto Ogami (Tomisaburo Wakayama), executor oficial do Xogum, que tem a esposa assassinada e é acusado de traição. Ele foge com o filho pequeno, Daigoro (Akihiro Tomikawa), em busca de vingança e se transforma no Lobo Solitário. A influência da criação de Koike e Kojima não se restringiu apenas ao Japão. Basta ver os filmes de Quentin Tarantino e os quadrinhos de Frank Miller para constatar que ela extrapolou, e muito, os limites da Terra do Sol Nascente. Todos os elementos que costumam pontuar as histórias de samurais estão presentes nesta saga que destaca, além de todos eles, o forte amor que une um pai ao seu filho.
LOBO SOLITÁRIO (Kozure Ôkami – Japão 1972/1973/1974). Direção: Kenji Misumi, Buichi Saito e Yoshiyuki Kuroda. Elenco: Tomisaburo Wakayama, Akihiro Tomikawa, Taketoshi Naitô, Tokio Oki, Hiroshi Nawa, Kayo Matsuo, Hideji Ôtaki e Eiji Okada. Duração: 506 minutos. Distribuição: Versátil.
Respostas de 3
Boa noite
Gostaria de saber como conseguir uma copia dos filmes, esse foi uma dos primeiros mangás que li.
Tatiana, o box com os seis filmes está disponível para venda nas lojas especializadas e na internet e tem para locação nas boas locadoras.
Apesar de não varrer a saga toda do mangá, é uma cinessérie realmente exemplar. Saborosamente rica do que viria a influenciar a cinematografia pop japonesa.
Muito além do que os italianos fizeram com o western americano, aqui a narrativa, a ousadia e a originalidade de muitos contos do mangá enriquecem muito o prazer em se mergulhar no entendimento do budô.
Uma curiosidade pessoal: ao contrário da cinessérie clássica de Star Trek, aqui os melhores filmes são os ímpares.
😉