A sensação que tenho após assistir a um filme da DC Comics/Warner é a de que eles parecem não aprender com os próprios erros. Depois dos equívocos de Homem de Aço, Esquadrão Suicida e Batman Vs. Superman, era de se esperar que alguma lição fosse assimilada pelos executivos do estúdio. Ainda mais depois dos acertos do filme-solo da Mulher-Maravilha. Ledo engano. Liga da Justiça está aí para provar que eles continuam cometendo os mesmos erros e pior, estão aumentando a dose deles. A tentativa era repetir com os heróis da casa o mesmo sucesso obtido pela rival Marvel com o filme dos Vingadores. Não foi desta vez. Apesar de ser muito legal ver o Batman (Ben Aflleck), o Superman (Henry Cavill), a Mulher-Maravilha (Gal Gadot), o Flash (Ezra Miller), o Aquaman (Jason Mamoa) e o Cyborg (Ray Fisher) juntos, o filme, fazendo aqui um trocadilho bastante infame, não tem “liga”. Ainda mais colocando os heróis para enfrentar um vilão, para dizer o mínimo, genérico e inexpressivo. O estúdio que já nos brindou com uma trilogia impecável do Homem-Morcego, dirigida por Christopher Nolan, e redefiniu os filmes de super-heróis com o primeiro Superman, feito em 1978 por Richard Donner, poderia ter sido mais ousado e criativo.
LIGA DA JUSTIÇA (Justice League – EUA 2017). Direção: Zack Snyder. Elenco: Ben Affleck, Henry Cavill, Gal Gadot, Ezra Miller, Jason Momoa, Ray Fischer, Amy Adams, Jeremy Irons, Diane Lane, Connie Nielsen, J.K. Simmons e Joe Morton. Duração: 120 minutos. Distribuição: Warner.