O mais comum, na maioria das histórias que tratam de disputa judicial entre pais e mães pela guarda de filhos, é seguir o ponto de vista das mães. Muitas vezes, há uma vitimização da mulher e uma demonização do homem. Kramer vs. Kramer opta por um caminho diferente: o lado do pai. O filme é dirigido por Robert Benton, que também escreveu o roteiro, a partir do romance homônimo de Avery Corman. Somos apresentados ao casal Ted Kramer (Dustin Hoffman) e Joana Kramer (Meryl Streep). Os dois têm um filho de seis anos, Billy (Justin Henry). Certo dia, após uma discussão, Joana vai embora de casa e deixa Ted sozinho com o filho. A partir daí, ele precisa aprender a conciliar o trabalho com as atividades de pai e dono de casa. Tudo ia bem até que Joana reaparece e decide lutar pela guarda do filho. Kramer vs. Kramer lida com muitas questões ao mesmo tempo. Drama familiar, ritual de passagem e filme de tribunal estão presentes aqui. A experiência de Benton como roteirista lhe permitiu adquirir a maturidade necessária para contar esta história sem cair em clichês. Indicado a nove prêmios Oscar, o filme ganhou cinco: melhor filme, diretor, ator, roteiro e atriz coadjuvante.

KRAMER VS. KRAMER (Kramer vs. Kramer – EUA 1979). Direção: Robert Benton. Elenco: Dustin Hoffman, Meryl Streep, Jane Alexander, JoBeth Williams, Justin Henry, Howard Duff e George Coe. Duração: 105 minutos. Distribuição: Sony.