No início dos anos 1980, um filme experimental de nome complicado chamou a atenção do planeta. Com produção de Francis Ford Coppola e direção de Godfrey Reggio, Koyaanisqatsi – Uma Vida Fora de Equilíbrio ganhou o mundo. Literalmente. A câmara de Reggio “passeia” por diversos lugares, em especial, grandes centros urbanos e faz o que se convencionou chamar de “poesia com as imagens”. Koyaanisqatsi, palavra do idioma da tribo indígena Hopi, dos Estados Unidos, significa exatamente o que o subtítulo nacional já anuncia, uma vida em desequilíbrio. O diretor ressalta aqui a natureza em seu estado bruto e as intervenções feitas pelo homem. A forma como ele organiza as imagens é arrebatadora, fazendo uso às vezes da câmara lenta ou acelerada e de uma montagem das mais inspiradas. Não há diálogos aqui. O lugar deles é ocupado pela bela música do compositor Philip Glass. O projeto de Reggio se transformou na Trilogia Qatsi. Anos depois, ele filmou mais dois filmes: Powaqqatsi – A Vida em Transformação, em 1988, e Naqoyqatsi, em 2002.