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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

KÓBLIC

Não vou nem entrar na polêmica comparação entre os filmes realizados no Brasil e na Argentina. Talvez perdêssemos essa disputa. Quero destacar outro aspecto da cinematografia hermana: obras que tratam do período da ditadura militar. Ao longo das últimas décadas tivemos grandes filmes abordando o tema. Kóblic, feito em 2016 por Sebastián Borensztein, que é também autor do roteiro junto com Alejandro Ocon, é mais um ótimo exemplo da força do cinema político de nossos vizinhos. Borensztein, que começou sua carreira na televisão e ganhou fama mundial com o fabuloso Um Conto Chinês, de 2011, é um cineasta dos mais inspirados. Acompanhamos aqui a jornada de Kóblic (Ricardo Darín), um piloto da Armada Argentina que durante os anos de chumbo tinha como missão jogar no mar os militares detidos pelo regime. Cansado daquela vida, ele quer apenas um novo começo e se muda para uma pequena cidade do interior. Sua presença chama a atenção da autoridade policial do lugar, sem contar a mulher de um comerciante da região. Kóblic é um filme introspectivo, cheio de mistério e silêncios. Daqueles que acabam e continuam com a gente.

KÓBLIC (Koblic – Argentina 2016). Direção: Sebastián Borensztein. Elenco: Ricardo Darín, Inma Cuesta e Oscar Martínez, Duração: 92 minutos. Distribuição: Paris Filmes.

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