Assim que o diretor mexicano Alfonso Cuarón concluiu Filhos da Esperança, em 2006, seu filho Jonás lhe apresentou a ideia de um roteiro. A história girava em torno de uma astronauta que se perde em órbita da Terra e tenta chegar até uma estação espacial para regressar ao planeta. Cuarón escreveu o roteiro junto com o filho e iniciou os trabalhos de pré-produção. Em princípio, Gravidade parecia ser um filme de fácil execução, no entanto, à medida que os trabalhos avançavam, as filmagens se revelaram bastante complexas. Com apenas dois atores em cena, George Clooney e Sandra Bullock, que interpretam, respectivamente, o astronauta Matt Kowalski e a doutora Ryan Stone, cuja missão é consertar o telescópio Hubble. Uma chuva de destroços atinge o ônibus espacial onde eles estão e a doutora é jogada no espaço. Cuarón e sua equipe investiram quase cinco anos em pesquisas para desenvolver uma nova tecnologia capaz de tornar real o que estava escrito no roteiro. Gravidade é aquele tipo de filme que consegue estabelecer um diálogo com diferentes públicos. Os fãs de ficção-científica encontrarão aqui uma obra que utiliza efeitos especiais e sonoros de última geração. Quem aprecia uma história com profundidade dramática que trate de questões existenciais, também apreciará o filme. Por último, se você é daqueles que espera apenas assistir a um bom filme, Gravidade não irá decepcioná-lo. Indicado a dez prêmios Oscar em 2014, saiu da festa como o grande vencedor em sete categorias: direção, fotografia, montagem, trilha sonora, efeitos visuais, edição de som e mixagem de som. Em tempo: a voz do oficial da NASA que conversa com os astronautas no início do filme é do ator Ed Harris, que trabalhou em Os Eleitos e Apollo 13.