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GINGER E ROSA

A cineasta inglesa Sally Potter começou sua carreira no finalzinho dos anos 1960 dirigindo curtas experimentais. A estreia em longas aconteceu em 1983 e foi somente em 1992, quando ela realizou Orlando – A Mulher Imortal, baseado na obra de Virginia Woolf, que seu nome chamou a atenção. Ginger e Rosa, que Potter escrever e dirigiu em 2012, é um relato de forte caráter autobiográfico. Estamos em Londres, no ano de 1962. Ginger (Elle Fanning) e Rosa (Alice Englert) são amigas inseparáveis. Elas não querem ter uma vida igual à de suas mães, o que provoca um choque de gerações. Além disso, existe o medo de um confronto nuclear entre Estados Unidos e União Soviética. Afinal, a história se passa em plena guerra fria entre as duas super-potências. Potter conduz sua narrativa de maneira leve e intensa ao mesmo tempo. É visível o olhar carinhoso que ela demonstra para com o período em que viveu sua adolescência. Em especial, a maneira como Ginger é apresentada. Apesar de o título trazer também o nome de Rosa, o filme gira em torno da menina ruiva que é o alter-ego da diretora-roteirista. E Elle Fanning, uma das mais talentosas atrizes de sua geração, dá conta do recado com segurança. Alice Englert não fica atrás e o elenco de apoio também é dos melhores. A cineasta abre espaço para que todos brilhem em cena e nos presenteia com uma bela, poética e nostálgica viagem ao seu próprio passado.

GINGER E ROSA (Ginger and Rosa – Inglaterra/Dinamarca/Canadá/Croácia 2012). Direção: Sally Potter. Elenco: Elle Fanning, Alice Englert, Christina Hendricks, Alessandro Nivola, Jodhi May, Oliver Platt, Timothy Spall e Annette Bening. Duração: 90 minutos. Distribuição: Paris Filmes.

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