A polonesa Agnieszka Holland estudou Cinema na República Tcheca. Antes de estrear como diretora ela escreveu muitos roteiros junto com Andrzej Wajda, um dos maiores cineasta de seu país. Nos últimos anos ela tem trabalhado mais dirigindo séries de TV. Suas principais obras cinematográficas foram feitas ao longo da década de 1990. Entre eles este Filhos da Guerra. O roteiro, que ela própria escreveu, tem por base o livro autobiográfico de Solomon Perel. Filho de uma família alemã de origem judia, Solomon, vivido no filme pelo ator Marco Hofschneider, é um sobrevivente do Holocausto. E, por mais incrível que possa parecer, ele encontrou refúgio na Juventude Hitlerista. Porém, precisa esconder de todos sua verdadeira origem. Filhos da Guerra é um filme forte e lida com diversas questões importantes ao mesmo tempo. Preconceito racial, herança cultural e religiosa, instinto de sobrevivência, iniciação sexual, além da própria guerra. Holland foi uma aluna aplicada de mestre Wajda e conduz sua narrativa com mão firme. E não conseguimos desgrudar os olhos da tela um segundo sequer.
FILHOS DA GUERRA (Europa Europa – Alemanha/França/Polônia 1990). Direção: Agnieszka Holland. Elenco: Marco Hofschneider, Michèle Gleizer, René Hofschneider, Piotr Kozlowski, Marta Sandrowicz e Julie Delpy. Duração: 107 minutos. Distribuição: Spectra Nova.
Uma resposta
Agnieszka Holland já me deixou de boca aberta com “Rimbaud e Verlaine”, mais conhecido como “Eclipse Total”. Este “Filhos da Guerra” amplia ainda mais o meu interesse por ela.