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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

BARRAVENTO

Antes de decidir fazer Cinema, o baiano Glauber Rocha pensou bastante o Cinema. Ele sempre defendeu uma arte engajada, independente e que rompesse com a estética estabelecida. Sua estreia, em 1959 com o curta Pátio, já deixava claro sua opção pela experimentação. Barravento, seu primeiro longa, realizado em 1962, inicialmente não seria dirigido por ele. O projeto original era de Luiz Paulino dos Santos, autor do roteiro junto com Glauber. Uma briga entre os dois, causada por diferenças artísticas em relação ao filme, terminou fazendo com que Glauber assumisse a direção. Já nessa época ele tinha como mote “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”. Barravento é, essencialmente, uma obra experimental. Glauber modificou inteiramente a proposta inicial do filme e fez aqui um tratado sobre religião e a exploração de um grupo de pescadores no litoral da Bahia. Há espaço também para os dramas particulares da comunidade retratada. O mais interessante é perceber que Glauber mantém seu olhar crítico sobre todos: ricos e pobres. Barravento abriu as portas para o diretor, que a partir daí se firmou como um dos nomes mais importantes da História do Cinema Brasileiro. Duas curiosidades: O ator Antonio Pitanga trabalha no filme e na época se chamava Antônio Sampaio; e  o filme foi montado pelo cineasta Nelson Pereira dos Santos. Em tempo: esta edição da Versátil traz mais de uma hora de material extra.

BARRAVENTO (Brasil 1962). Direção: Glauber Rocha. Elenco: Aldo Teixeira ,  Antônio Sampaio ,  Luiza Maranhão ,  Lucy Carvalho  e Lídio Silva . Duração: 80 minutos. Distribuição: Versátil. 

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