O americano W.S. Van Dyke viveu pouco. Mesmo para os padrões da época. Suicidou-se aos 53 anos, após 25 anos e 90 filmes realizados nesse período. Conhecido por ser um diretor “de uma tomada só”, pois dirigia rápido e a cena valia já na primeira tomada, Van Dyke é muito aquele tipo de cineasta que os estúdios adoravam ter à frente de suas produções. Esquimó, de 1933, tem roteiro de John Lee Mahin, baseado nos livros de Peter Freuchen, e conta a história de Mala, chefe de uma tribo de esquimós que se gaba de ter dormido com muitas mulheres e não ter se casado com nenhuma. Isso não significa que ele não tenha ciúmes de Iva, sua atual namorada. Quando um comerciante demonstra interesse nela, a reação de Mala desencadeia uma série trágica de eventos. Curiosamente, esta obra chama a atenção pelas conexões que estabelece com Nanook, o Esquimó, documentário de 1922, dirigido por Robert J. Flaherty, que dividiu com Van Dyke a direção de Deus Branco, de 1928. Mas não tira, de forma alguma, a beleza e a importância deste filme, que é falado no idioma nativo dos Inupiat e foi o primeiro a receber o Oscar de montagem.
ESQUIMÓ (Eskimo – EUA 1933). Direção: W.S. Van Dyke. Elenco: Mala, Lotus Long, Edgar Dearing, Peter Freuchen, Edward Hearn e Joe Sawyer. Duração: minutos. Distribuição: MGM/Warner.