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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

EQUUS

Sidney Lumet vinha de uma série de grandes filmes: Serpico, Um Dia de Cão e Rede de Intrigas, quando levou Equus para o cinema. A peça, escrita por Peter Schaffer, também autor do roteiro, havia sido encenada pela primeira vez em 1973. O filme foi feito quatro anos depois. Narrado como um longo flashback, a história nos apresenta Alan Strang (Peter Firth), um rapaz que trabalha em um estábulo. Ele passa a ser tratado pelo psiquiatra Martin Dysart (Richard Burton) após furar os olhos de seis cavalos. O médico nos guia por uma investigação da mente do paciente e tenta entender seus atos e motivações. O texto escrito por Schaffer é forte e contundente. E Lumet, um cineasta experiente, sabe tirar proveito do confronto que se estabelece entre os dois atores principais. Firth, por sinal, reprisa o mesmo papel que interpretou no teatro, tanto na Inglaterra, como nos Estados Unidos. Houve muita polêmica na época do lançamento do filme por causa da nudez do ator. Cá entre nós, sem justificativa alguma. Afinal, não há aqui nenhuma conotação erótico-sexual. Lumet “despe” a cena de qualquer apelação neste sentido e se concentra no que realmente importa. Não por acaso, Equus recebeu três indicações ao Oscar, nas categorias de roteiro adaptado, ator e ator coadjuvante.

EQUUS (Equus – EUA 1977). Direção: Sidney Lumet. Elenco: Richard Burton, Peter Firth, Colin Blakely, Joan Plowright, Harry Andrews, Eileen Atkins e Jenny Agutter. Duração: 137 minutos. Distribuição: Flashstar.

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