O diretor filipino Brillante Mendoza é o cineasta mais conhecido de seu país. Frequentador de festivais de cinema pelo mundo, ele desfruta de um bom trânsito na Europa. A história de Em Nome de Deus se baseia em fatos ocorridos com Thérèse Bourgoin, funcionária de uma organização humanitária nas Filipinas. Ela foi sequestrada por engano por um grupo de extremistas islâmicos. O roteiro, do próprio diretor, junto com Patrick Bancarel, reconta o drama de Thérèse, vivida pela atriz francesa Isabelle Huppert. Na verdade, o projeto que viria a tornar Em Nome de Deus teve início em 2009, quando Mendoza foi premiado com a Palma de Ouro de melhor diretor em Cannes, pelo filme Kitanay. Huppert era a presidente do júri naquele ano e demonstrou interesse em trabalhar com o diretor. No ano seguinte, os dois se reencontram em São Paulo e o filme tomou forma. Mendoza é cineasta vigoroso e Em Nome de Deus transmite muito bem essa característica marcante do estilo do diretor. E assistindo a este trabalho não é difícil imaginar o desgaste físico enfrentado pelo elenco. Mas o resultado, é de tirar o fôlego.