Uma coisa é certa. Se o dramaturgo inglês William Shakespeare tivesse nascido no século XX, com certeza seria roteirista de filmes. As peças que ele escreveu 400 anos atrás se adaptam muito bem à narrativa cinematográfica. Porém, não se trata de uma tarefa simples. Principalmente, se ela for “trazida” para o tempo presente, como é o caso de Coriolano, estreia na direção do ator Ralph Fiennes. O roteiro, escrito por John Logan a partir do texto original, mantém boa parte dos diálogos da peça. A trama gira em torno do general romano Caius Martius (Fiennes). Ele vence os Volscos em combate e toma a cidade de Corioli. Por conta dessa vitória, passa a ser chamado de Coriolano. Temido por todos, ele almeja tornar-se cônsul, mas, termina expulso de Roma. Isso faz com que ele se alie ao seu inimigo Tullus Aufidius (Gerard Butler) para se vingar. Fiennes revela um excelente domínio de cena e nos conduz por um mundo repleto de articulações políticas e manipulações da opinião pública. Há também personagens fortes e muita violência. No entanto, nada é gratuito ou fora de contexto. Empolgante e, em muitos aspectos, bastante atual, Coriolano é intenso, forte e impactante.
CORIOLANO (Coriolanus – Inglaterra 2011). Direção: Ralph Fiennes. Elenco: Ralph Fiennes, Gerard Butler, Jessica Chastain, Brian Cox, Vanessa Redgrave, John Kani, James Nesbitt, Lubna Azabal e Marko Stojanovic. Duração: 122 minutos. Distribuição: Califórnia Filmes.
Uma resposta
Shakespeare e Fiennes… imperdível.