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CONTATO

O cineasta Robert Zemeckis sempre foi um apaixonado por tecnologia. O astrônomo Carl Sagan desenvolveu desde cedo uma intensa paixão pelos astros e estrelas. E não eram os de Hollywood. Contato, dirigido por Zemeckis em 1997, é baseado no único romance de ficção escrito por Sagan (todos os outros livros que ele escreveu são científicos), reúne as duas grandes paixões em ambos. Na trama acompanhamos a trajetória de Ellie Arroway, interpretada pelas atrizes Jena Malone e Jodie Foster. Inicialmente, quando ela, ainda menina, gostava de observar as estrelas e planetas com o telescópio do pai e brincava com o equipamento de rádio-comunicação. Ellie cresce e a vemos ainda observando o espaço e fazendo sua rádio-escuta, só que agora com “brinquedos” maiores e mais potentes. Contato é um filme de ficção-científica bem realista. No sentido em que se utiliza de elementos plausíveis e próximos do nosso cotidiano para contar sua história. Porém, mais do que isso, o ponto crucial e principal mote de seu inteligente roteiro, escrito por James V. Hart e Michael Goldenberg, seja o debate que propõe a respeito da fé. A própria trajetória de Ellie é emblemática nessa discussão. E a figura de um religioso, Palmer Joss, vivido por Matthew McConaughey, apenas reforça esse embate entre ciência e religião. Contato é um filme que passa ao largo dos padrões esquemáticos comuns em boa parte da produção hollywoodiana. Não há vilões na trama. Mesmo a figura do cientista David Drumlin (Tom Skeritt) funciona mais como uma versão pragmática de Ellie do que como seu antagonista e/ou inimigo. E no final, Sagan nos deixa um pensamento intrigante: “Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço”.
CONTATO (Contact – EUA 1997). Direção: Robert Zemeckis. Elenco: Jodie Foster, Matthew McConaughey, James Woods, John Hurt, Tom Skerritt, Angela Bassett, William Fichtner e David Morse. Duração: 150 minutos. Distribuição: Warner.

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Respostas de 6

  1. É um momento sereno na filmografia de Robert Zemeckis. Vale conferir, sobretudo se temos na memória seus trabalhos anteriores. E Jodie Foster, vale dizer, paga pelo ingresso sem causar espanto!

  2. Zemeckis deveria fazer mais filmes assim. Vale lembrar também de um plano-seqüência no início do filme, quando a garota sobe correndo a escada dentro de casa, indo ao banheiro, pegar um remédio para o pai que acaba de sofrer um ataque. A cena termina no espelho… Ainda não sei como essa cena foi feita – mas imagino um único jeito para realizá-la.

  3. Gosto demais desse filme. Um momento que gosto particularmente é uma conversa entre o padre e a cientista. Ela questiona a existencia de Deus e ele simplesmente diz que sabe e sente que ele existe. Ela o desafia: então prove! Em resposta, ele pergunta se ela amava seu pai (algo caro e sensível para ela), indignada ela responde que sim! Ao que ele devolve: então prove!!

  4. estava procurando um bom filme para assistir e aceitei sua indicação, não conhecia o filme, também não acredito em óvnis, excelente roteiro, realmente agrada até aos mais céticos.

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