Se você gostou de Sociedade dos Poetas Mortos, com certeza vai gostar de Código de Honra, de Robert Mandel, um filme que segue mais ou menos seus passos. Engana-se, porém, quem pensar que irá ver novamente um genial professor inspirando seus alunos. Código de Honra trata de outro assunto bem mais delicado, o anti-semitismo. David Greene (Brendan Fraser) é um jovem aplicado nos estudos e nos esportes. De família pobre, ganha uma bolsa para concluir o ensino médio no tradicional e caro Colégio St. Matthews. Ele se torna a sensação da escola até descobrirem que além de pobre, ele é judeu. O filme aborda esse tema de forma sensível. David esconde sua origem para ser melhor aceito, já que o colégio é católico. Mandel, que antes havia dirigido F/X – Assassinato Sem Morte, demonstra grande habilidade na direção de um elenco predominantemente jovem. Código de Honra é ambientado no ano de 1955. Para muitos, uma época nostálgica. Mas, na prática, extremamente conservadora, reacionária e racista. As transformações que vieram a ocorrer durante os anos 1960 ainda estavam muito latentes. Segundo pesquisas realizadas pelos produtores, 101 incidentes anti-semitas ocorreram em 60 colégios americanos somente em 1991. Imagine como era na época mostrada no filme.