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CASSY JONES, O MAGNÍFICO SEDUTOR

O cineasta brasileiro Luís Sérgio Person dirigiu dois importantes longas nos anos 1960: São Paulo Sociedade Anônima e O Caso dos Irmãos Naves. No início da década seguinte, em 1972, ele realizou Cassy Jones, o Magnífico Sedutor. Com roteiro do próprio Person, escrito junto com Joaquim Assis, temos aqui um filme que, se comparado com os outros dois citados, parece algo completamente fora da curva. Na verdade, a história de Cassy Jones, vivido “com gosto” por Paulo José, é uma homenagem às chanchadas da Atlântida, às comédias malucas da segunda metade dos anos 1910 da Hollywood de Chaplin e também à nascente pornochanchada brasileira. Cassy é um conquistador incorrigível e depois de tanto agitar nessa área, chega ao ponto do cansaço absoluto, o que gera delírios hilariantes. Tudo muda quando ele conhece Clara (Sandra Bréa), por quem se apaixona. Um conselho: procure assistir ao filme com olhos de 50 anos atrás. Caso não seja assim, melhor passar longe dessa comédia inconsequente. Em tempo: esse foi o último trabalho de Person, que veio a falecer muito jovem, aos 39 anos, em um acidente de carro.

CASSY JONES, O MAGNÍFICO SEDUTOR (Brasil 1972). Direção: Luís Sérgio Person. Elenco: Paulo José, Sandra Bréa, Sonia Clara, Glauce Rocha, Hugo Bider, Suzana Gonçalves e Grande Otelo. Duração: 100 minutos. Distribuição: VideoFilmes.

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