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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

BIRD

Antes de se tornar ator e diretor, o cineasta Clint Eastwood nutria um outro sonho: ser músico de jazz. Curiosamente, ele sofreu preconceito por ser branco e nunca conseguiu tocar profissionalmente. Em 1988 ele deu uma forte guinada em sua carreira. Em uma única e certeira tacada, ele prestou uma bela homenagem ao seu músico favorito e provou, de uma vez por todas, que podia fazer um autêntico cinema de autor. A obra que reuniu tudo isso se chama Bird, uma cinebiografia do grande e talentoso saxofonista Charlie “Yardbird” Parker, que viveu apenas 35 anos. A partir de um roteiro escrito por Joel Oliansky, acompanhamos a breve vida deste artista incomum. Eastwood nos apresenta um homem dividido entre sua arte, que ele dominava como poucos, e o vício em drogas e álcool. O ator Forest Whitaker interpreta o papel título de maneira sublime. O que lhe rendeu o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes. Não há “panos quentes” aqui. É visível a admiração, o carinho e o respeito do diretor para com o cinebiografado. No entanto, Parker é mostrado por inteiro. Com suas virtudes e falhas. Sem julgamentos morais. Quando a produção foi anunciada, mais uma vez Eastwood sofreu preconceito. Chegaram a dizer que um branco jamais conseguiria realizar um bom filme sobre um negro. Bird, realmente, não é bom. É simplesmente ótimo!
BIRD (Bird – EUA 1988). Direção: Clint Eastwood. Elenco: Forest Whitaker, Diane Venora, Michael Zelniker, Samuel E. Wright, Keith David, Michael McGuire e James Handy. Duração: 161 minutos. Distribuição: Warner.

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