Em 1999, quase uma década antes da trilogia Jogos Vorazes, foi lançado no Japão um livro, Batoru Rowaiaru, escrito por Koushun Takami. Já no ano seguinte, Kenji Fukasaku dirigiu uma adaptação cinematográfica e depois, popularizando ainda mais a história, veio o mangá. Batalha Real, ou Battle Royale, como é mais conhecido pelos fãs, é um dos filmes favoritos de Quentin Tarantino. A trama, escrita por Kenta Fukasaku, a partir do material original de Takami, causou muita polêmica quando de seu lançamento. A ação se passa em um Japão distópico que enfrenta uma difícil recessão, aliada a diversos problemas sociais, principalmente com os jovens. O governo desenvolve um programa que recruta alunos de todos os cantos do país. 42 deles são levados por um professor para uma ilha deserta. Lá ficarão por apenas três dias com um kit de sobrevivência. Após o período, apenas um sobreviverá. Os demais morrerão. Batalha Real repetiu em filme o mesmo sucesso que havia obtido nas livrarias e que veio a ter depois nas bancas de revistas. As comparações com a trilogia criada por Suzanne Collins não são gratuitas. Essencialmente, a premissa de ambas as histórias é a mesma. Mas, é bom frisar, Batalha Real saiu bem antes, e, em muitos aspectos, é bem superior.
BATALHA REAL (Batoru Rowaiaru – Japão 2002). Direção: Kenji Fukasaku. Elenco: Lee Harry, Aki Maeda, Terence H. Winkless, Chiaki Kuriyama, Tatsuya Fujiwara e Taro Yamamoto. Duração: 122 minutos. Distribuição: Visual Filmes.